Promotor
Ágora - Cultura e Desporto do Porto, E.M., S.A.
Breve Introdução
13º Festival Porta-Jazz – Bloco 4: Liudas Mockunas – Arnas Mikalkenas – Håkon Berre Trio + Eurico Costa Trio
18:15, Pequeno Auditório
As parcerias com associações ou outros festivais europeus que operam no mesmo plano de ação da Porta-Jazz foram sempre um objetivo e uma realidade presente na já longa história da nossa Associação. Em mais um ano e um Festival em que essas colaborações não deixam de estar presentes, consolida-se e expande-se esta prática com a inclusão de mais um valioso parceiro europeu. Falamos, neste caso, da presença, pela primeira vez, de um projeto enviado em intercâmbio pela conceituada plataforma Improdimensija de Vilnius na Lituânia. Liudas Mockunas, Arnas Mikalkenas e Håkon Berre são o ingrediente báltico no Caldeirão do 13º Festival Porta-Jazz. Um trio liderado pelo conceituado saxofonista Liudas Mockunas, que já tinha marcado presença numa edição anterior do Festival como convidado do contrabaixista Hugo Carvalhais e que aqui apresenta este trio com quase dez anos de existência e um considerável número de concertos em festivais na Europa e no Japão. Com o jovem e talentoso pianista e acordeonista lituano Arnas Mikalkenas e o reconhecido baterista norueguês Håkon Berre, que reside na Dinamarca há quase 20 anos, esta verdadeira armada báltica apresenta aqui a sua música original, que é o resultado de uma escrita repartida pelos três elementos e que se pode caraterizar como jazz de câmara moderno inspirado na música contemporânea e no free jazz.
Copal é o disco editado pelo guitarrista Eurico Costa e o seu trio no final de 2021. Neste projeto, reconhecido pelo público e pela crítica e que já se apresentou em ciclos e festivais nacionais, o guitarrista portuense explora as suas composições com o contrabaixista argentino Demian Cabaud e o baterista Marcos Cavaleiro, duas figuras incontornáveis do jazz nacional. Quanto à música, deixemo-nos levar, para já, pelas palavras do próprio autor: “O trio é um lugar, um espaço onde, embora acompanhado, nunca se sufoca. Tão longe dos constrangimentos da multidão como do isolamento da individualidade, esta é uma formação que abre portas a dimensões próprias, sempre em busca de um equilíbrio de forças, a pedir a generosidade de cada parte para a construção de um todo mais uno. Isso leva a que o presente se torne no único assunto possível e o processo de composição num exercício de contenção e fé. Desse paradigma, surge este repertório, por vezes numa alusão a imaginários mais pop ou à procura das matizes do jazz, outras só a contemplar um tempo repleto de som. Nele, procura-se evocar episódios, pessoas e lugares de um universo que se quer preservar irreal e idílico, néctar de sonhos. São os fios que tecem pedaços de vidas. As nossas.”